Brasileiro de 21 anos é destaque no automobilismo fora da F1
A Fórmula 1 segue sem um representante do Brasil após 48 anos no torneio, mas na Fórmula 2 um brasileiro tem chamado a atenção pelo desempenho na categoria que é considerada a porta de acesso para a principal competição de automobilismo. O brasileiro Sérgio Sette Câmara Filho, da equipe DAMS, chegou ao topo do pódio no circuito de Spielberg, na Áustria. O piloto é o terceiro colocado na classificação mundial de pilotos da Fórmula 2. A próxima corrida será disputada no dia 14 de julho, em Silverstone (Inglaterra).
Nascido em Belo HorizonteSette iniciou sua carreira no kart aos 6 anos de idade, quando se tornou apto a competir, participou de competições no Brasil, Estados Unidos e Europa sendo destaque na categoria na infância e adolescente. Atualmente, além da Fórmula 2, o jovem de 21 anos é também piloto de testes da equipe McLaren na atual temporada da Fórmula 1.
Em 2014, o brasileiro com 16 anos, apto para competir no campeonato nacional Fórmula 3 (Classe A) fez sua estreia na 4ª rodada no autódromo de Interlagos, São Paulo, pela equipe Cesário. No mesmo ano estreou na 2ª rodada do Europeu de F3, pela equipe EuroInternacional, como piloto convidado. Correu contra grandes nomes do automobilismo como, o Francês, Esteban Ocon estreante na data e piloto reserva da Mercedes em 2019 na Fórmula 1, e, o neozelandês, Max Verstappen da equipe da Red Bull, também da categoria principal.
Sérgio Sette também bateu recordes no automobilismo. Em 2015 registou a volta mais rápida da corrida no Grande Prêmio de Macau de F3 e ainda é o mais veloz da história da pista chinesa. No ano seguinte, fez sua estreia na elite do automobilismo em um teste oficial na equipe Toro Rosso no circuito de Silvertone na Inglaterra. Na Fórmula 3 Europeia acumulou pódios e garantiu uma pole possition. Fez sua estreia na Fórmula 2, 2017, pela equipe Holandesa MP Motorsport, venceu a prova da Bélgica e garantiu o segundo lugar em Monza na Itália. No ano passado, sua segunda temporada na F2 com a equipe Inglesa Carlin pontuou em quinze das vinte e uma corridas disputadas e terminou no sexto lugar no mundial de pilotos.
A habilidade de Sette nas pistas tem despertado o interesse de grandes equipes da Fórmula 1 e nos próximos anos pode chegar ao cockpit representando o Brasil na elite do automobilismo.
Desde a morte de Ayrton Senna em 1994, vários foram os pilotos brasileiros que passaram pela Fórmula 1, porém somente dois tiveram uma posição de destaque. Rubens Barrichello e Felipe Massa chegaram ao vice-campeonato na categoria, no entanto jamais a um título.
Em entrevista ao portal O Liberal, Barrichello afirmou que a ausência do Brasil na F1 foi causada por falta de planejamento. Houve uma falta de planejamento lá atrás, de achar que sempre vai acontecer, que é isso, que é aquilo. Acho que é um momento importante para o automobilismo brasileiro, para que a gente acorde, para que cada um faça um pouquinho do seu papel, para que a gente possa promover os “pilotinhos” brasileiros para que eles tenham chances de chegar lá. É importante que a gente tenha o apoio dos promotores, da federação, que a gente pare de lutar um contra o outro e possa formar grandes pilotos, que é a coisa mais fácil que tem. Hoje, a gente já forma, porque temos um kartismo muito bom aqui, em todo o território nacional. Mas falta um “apoiozinho” para gerar momentos de ir para frente.
Outros brasileiros buscam uma vaga na F1
O neto de Emerson Fittipaldi de apenas 22 anos Pietro Fittipaldi também está perto de garantir uma vaga na Fórmula 1. Atualmente, piloto reserva da Haas, EUA, realizou um teste para a equipe em 2019 após o GP do Bahrein. Com um sobrenome de peso, o jovem também conta o mesmo forte patrocínio que colocou Sergio Perez na elite do automobilismo.
Com 20 anos de idade Matheus Leist é outro nome de peso, piloto da IndyCar ao lado de Tony Kanaan na AJ Foyt, Campeão da F3 Inglesa em 2016. Se destacou na Indy Lights em 2017 e ingressou na série principal em 2018 e está em sua segunda temporada completa dotorneio.
Na Fórmula 3, antiga GP3, Pedro Piquet e Felipe Drugovich, ocupam posições de destaque com o último sendo campeão do Euroformula Open em 2018 com 15 vitórias, recorde absoluto da categoria.
